PÁGINAS

Matar ou fazer viver

 

“Pouco tem quem tem só para si.” Jean-Pierre Florian, 1755-1794) 

Ao longo da vida, matamos e fazemos viver, mesmo que não disponhamos de armas capazes de derrubar alguém no chão. 

Matamos quando vivemos na perspectiva de que a única pessoa que interessa seja a gente mesma. Quando só os nossos desejos são prioridades, quem está ao nosso redor vai definhando como uma folha pisada no chão. 

Matamos quando, escravos das realizações pessoais, só enxergamos metas a bater, dinheiro a ganhar, sexo a desfrutar, aplausos a receber, como se não fossem conquistas que o vento leva num vento cheio de pulsão. 

Matamos quando, não compreendendo a dinâmica da alma, condenamos os que sofrem, não damos a mão para os que estão atravessando o vale da sombra da ansiedade, da insegurança, do pânico ou da depressão, achando que, para atravessá-lo, basta-lhes tomar uma decisão. 

Matamos quando nos recusamos a mudar os nossos hábitos, que podem vir de longe na história da nossa família, mas são ruins porque motivados apenas pela autossatisfação. 

Pode e deve ser outro o nosso padrão.  

“Os egoístas enfrentam dificuldades, como todos os seres humanos, / Mas não aceitam ajuda para resolver seus problemas.”(Provérbio 18.1)

 

Israel Belo de Azevedo

@israelbelooficial

 

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