“Na minha angústia clamei ao Senhor e ele me
respondeu; Do ventre do abismo gritei e tu me ouviste a voz.
Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares e a corrente das águas me cercou;
todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim. Então eu disse: lançado estou de diante dos seus olhos, tornarei porventura a ver o seu santo templo? (…) Contudo fizeste subir da sepultura a minha vida, ó Senhor meu Deus! Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se entregaram a idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso. Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício, o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação!”
Jonas orou assim. O fato dele ter orado não
nos surpreende, geralmente oramos quando estamos em situações desesperadoras.
No entanto existe algo surpreendente na maneira como Jonas orou. Ele fez uma
oração aprendida. Sua oração não é uma auto-expressão original e espontânea. É
completamente derivada. Ele aprendeu a orar na escola dos Salmos:
“Na minha angústia…” Salmo 18:6 e
120:1
“profundo…” Salmo 18:4-5
“as tuas ondas e as tuas vagas passaram por
cima de mim” Salmo 42:7
“de diante dos seus olhos” Salmo 139:7
“no teu santo templo” Salmo 5:7 e Salmo
18:6
“as águas me cercaram até a alma” Salmo
69:2
“Da sepultura a minha vida…” Salmo
30:3
“dentro de mim desfalecia a minha alma” Salmo
142:3
“ao Senhor pertence a salvação” Salmo 3:8
No entanto, posso tirar um proveito pelo
fato dela ser um tanto quanto impessoal, me fez pensar que nossas orações
também precisam ser resgatadas do egocentrismo e nos direcionar a grandeza de
Deus. Por mais que ele estivesse influenciado pelas circunstâncias, ele
conseguiu não determinar sua oração por elas. Sua oração acabou o levando para um
mundo muito maior do que o seu. Porque ele falou mais de Deus do que de si
mesmo. E, talvez sem querer, ele não percebeu que isso tocou o coração de Deus,
que o socorreu daquele lugar.
No final do livro de Jonas, após todo o
caminho de aprendizado que ele teve, finalmente ele consegue desenvolver umdiálogo com Deus, onde discutem sobre a árvore que
havia morrido e o perdão de Deus dado aos ninivitas…
A oração é nossa “atividade diária” mais
fundamental. Todas as civilizações do mundo a praticam, independente de quem as
direcionam. Saibamos porém, que a oração não é uma fórmula a ser aprendida,
decorada e repetida. Oração é um aprendizado. E a primeira coisa que precisamos
aprender para orar é: com quem estamos falando e quem Ele é? E sobre
a maneira correta de orar, um caminho é criado por Deus, para que você aprenda
a conhecê-lo e conversar com Ele. Quando você não conhece uma pessoa seus primeiros diálogos
tendem a ser formais ou sem interesse e muitos cristãos ainda não saíram desse
nível.
Ao invés de reclamarmos vamos aprender que
a cada circunstância é uma oportunidade de criarmos mais intimidade com Deus. E
quando falar com Ele, lembre-se: Não se limite aos lamentos, mas o glorifique
por Sua grandeza também!
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