O cuidado com a higiene é essencial para
anular qualquer risco de pegar doenças em banheiros
públicos. Tocar em objetos e, em seguida, levar a mão à
boca ou não se higienizar corretamente são atitudes impensadas que podem ser
responsáveis por problemas como infecção urinária,
diarreia e hepatite A. "A contaminação costuma acontecer em indivíduos com
imunidade muito baixa ou que não lavam as mãos corretamente", explica o
infectologista Thiago Mamede, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e
professor da Escola de Medicina Souza Marques, no Rio de Janeiro. Quem nunca
teve dúvidas se colocar papel na borda do vaso ou utilizar o sabonete é
realmente eficaz? Para esclarecer essas e outras questões, o Minha Vida conversou
com três especialistas e elaborou o quiz que você confere a seguir.
Alguns banheiros disponibilizam sprays antisépticos,
proteção plástica ou ainda um forro de papel para a tampa do vaso. "Todos
esses recursos devem ser aproveitados para evitar contato direto" explica
a infectologista Maria Lavínea Figueiredo, do Delboni Auriemo Medicina
Diagnóstica. Segundo ela, até mesmo o álcool gel utilizado para higienizar as
mãos pode ser usado para limpar a tampa. Mesmo assim, nenhum método dispensa a
lavagem das mãos.
"A tampa de um
vaso sanitário público certamente está contaminada, mas, se após o uso a pessoa
lavar as mãos corretamente, ela não estará se expondo a qualquer perigo",
aponta o infectologista Orlando Jorge, chefe do Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar do Hospital São Luiz. Recomenda-se ainda utilizar um papel para
evitar o contato direto com a tampa e não levar as mãos às demais partes do
corpo que não poderão ser higienizadas imediatamente.
Se o papel estiver
molhado, sujo ou em contato com o chão deverá ser deixado de lado. Neste caso,
recomenda-se comprar um lencinho descartável. Se ele não apresentar qualquer
irregularidade, seu uso poderá ser feito. "O papel não é um elemento esterilizado,
mas, provavelmente, possui os mesmos micróbios que o que usamos em casa",
lembra o infectologista Thiago. Ele recomenda apenas não usá-lo para estancar o
sangue de ferimentos, porque, neste caso, o machucado aumenta o risco de infecções.
De acordo com a
infectologista Lavínea, apenas sabonetes em barra devem ser evitados.
"Eles permitem que resíduos fiquem em sua superfície e ainda podem se
tornar verdadeiras colônias de bactérias por acumular água no recipiente em que
são guardados", esclarece. Os melhores sabonetes são os do tipo líquido e
em recipientes automáticos, que evitam qualquer contato direto.
Assim como o papel higiênico, o papel descartável não é
esterilizado, mas os micróbios nele encontrados não oferecem risco
significativo à transmissão de doenças. "A toalha, por outro lado, não é
recomendada, pois não se sabe há quanto tempo está lá, por quem foi usada e
como foi usada", afirma Orlando Jorge. Neste caso, deixe as mãos se
secarem naturalmente ou seque-as na própria roupa.
"Uma prática que deveria se tornar hábito rotineiro
de quem utiliza banheiros coletivos é lavar as mãos, secá-las com papel
descartável e utilizar esse mesmo papel para fechar a torneira e abrir a porta
do banheiro", alerta Thiago Mamede. Nem todas as pessoas têm o costume de
lavar as mãos após usar o banheiro, por isso, a torneira e até mesmo a maçaneta
da porta acabam se tornando foco de micróbios. Tocar esses elementos após a
higienização é contaminar-se novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário