
Conciliando
diferentes vivências na vida a dois
A vida a
dois é circundada de momentos que originam a história do relacionamento do
casal. São as dificuldades que, mais tarde, virão a estabelecer como o casal
deve agir diante de novas situações, pois estão baseados em vivências
anteriores. Mas a maior dificuldade que se apresenta aos companheiros,
certamente são as vivências anteriores ao relacionamento. Cada um
vem de uma cultura, uma família, com costumes e pensamentos divergentes.
Conciliar essas criações e retirar o melhor de cada uma delas para então formar
uma nova cultura familiar, própria daquele núcleo, é uma tarefa que abarca
muitos conflitos. O que fazer quando a opinião do casal diverge na educação
dos filhos?
A vida do casal depois dos filhos
Abandonar
suas certezas em prol do outro, desconstruir costumes, manias, vontades é muito
doloroso. É o momento de reabrir feridas, de questionar ideias que, até então,
pareciam inquestionáveis. Certamente ocorrerão muitos embates, mas por vezes,
pode ser libertador enfrentar ciclos que ficaram pendentes e, principalmente,
entender que há outros pontos de vista, outros modos de realizar tarefas
cotidianas. Os caminhos são incontáveis. Porém, esse processo se complica muito
mais quando há um serzinho absorvendo todo o mundo ao seu redor. Se temos dois
adultos se desconstruindo, agora acrescentamos uma criança iniciando seu
processo de construção. Os adultos precisam fornecer a base
aos seus pequenos, além
de questionar a sua própria. E essas situações não ocorrem isoladamente, estão
acontecendo a todo tempo.
Quando o casal diverge na educação dos filhos
Nesse meio, acontecem as divergências de pensamento e ordens, e
os pequenos encontram as brechas, sabem a quem recorrer em assuntos
específicos. Como em uma hora algo é permitido e, em seguida, negado pelo outro?
Quem cederá mais fácil? Os pequenos pegam esses pontos no ar.
Nessa
hora, é importante respirar fundo e pensar que o acordo é a saída
mais fácil. Todos podem opinar e todos
precisam encontrar a melhor saída, em conjunto. A educação dos filhos não cabe a
um só, pois eles reproduzirão tudo o que for apresentado.
Se há uma
casa onde os adultos não conseguem chegar a um acordo, como poderá a criança
agir segundo
as regras? Afinal, quais
são as regras? O diálogo é o caminho mais importante para formulá-las e, claro,
não agir no caminho oposto a elas. De nada servirá uma regra não
respeitada também pelos adultos. As leis familiares devem ser decididas em
conjunto e acatadas também em conjunto.
Cada
família forma as próprias manias e costumes, portanto, as regras devem ser
determinadas da mesma forma. Por isso, não cabe acreditar que as leis de outra
família suprirão as necessidades da sua. Ouvir seu núcleo, os desejos do seu
bando, é um exercício difícil e parece arriscado, pois não há exemplo a seguir. Família
é vivência, não há certa nem errada, cada uma decide em conjunto os rumos que
deve trilhar, pois apenas esse núcleo lidará com as dificuldades internas. O aprendizado é constante, a família absorve e
entende o mundo a todo tempo. O aprendizado sobre a própria família é ainda
mais encantador. É só ouvir.
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