"Era de tarde quando eu estava em casa estudando para um
concurso público. O computador estava ligado e a internet, conectada. Muitos
emails chegavam. A maioria deles era irrelevante. Então, eu recebi uma visita inesperada.
Era um antigo irmão em Cristo e membro de minha igreja. Ele veio me convidar
para um culto em sua casa para comemorar os seus 89 anos. Infelizmente tive de
recusar o convite por causa de minhas aulas à noite.
O que me chamou a atenção foi o fato de ele ter vindo pessoalmente me convidar.
Como são raras essas visitas! Ele poderia ter me enviado um email, ou poderia
ter me telefonado, ou, na pior das hipóteses, me enviado uma carta pelo
correio. Mas pasme. Ele veio aqui! Oh, sim. Ele veio aqui! Ele poderia ter
evitado o grande esforço para andar os aproximados 400 metros entre sua casa e
a minha, levando em consideração a sua dificuldade de andar. Que pena. Eu não
poderia mesmo estar na casa dele na hora da festa.
Com essa atitude ele me reensinou a importância insubstituível dos
relacionamentos pessoais e a frivolidade dos relacionamentos virtuais. ... Ele
deixou bem claro que se importa comigo e que minha presença na sua festa seria
uma honra para ele. Como serão os relacionamentos de uma geração que está
crescendo e aprendendo a se relacionar com máquinas e não com pessoas?
No fim da nossa conversa ele me disse: "Tudo bem. Fica para os 90, se Deus
permitir que eu chegue lá". Ah, irmão Sebastião, com poucas e frágeis
palavras o senhor ainda é capaz de ensinar muita coisa boa para nós."
Autoria: Felipe Luiz
Fernandes da Silva - felipelfsilva@gmail.com

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