Conhecer
os sintomas do infarto é essencial para evitar o pior
As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo
responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a
causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do
governo, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado
de São Paulo apenas no mês de agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto
agudo na internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início
dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto
são obesidade, hipertensão, colesterol alto,
estresse, diabetes ou
infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os
mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu
por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias,
que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas
"entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede
interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em
sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o
tecido morre.
Identificando o infarto
A dor
do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local
entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas
sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos
com muita frequência apresentações menos características. Já vi pessoas com dor
no queixo, dor nas costas.
As características do infarto em mulheres são muito
menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de
ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos
deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos
seguintes sintomas:
·
Vômitos
·
Suor frio
·
Fraqueza Intensa
·
Palpitações
·
Falta de ar.
Na
presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto
socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor
diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor,
o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.
Em municípios com disponibilidade de atendimento
domiciliar rápido, como o excelente SAMU de São Paulo, vale a pena acioná-lo.
Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa dirigir ou
acompanhar até o medico (sempre em um hospital de emergência, para não
transformar um consultório medico em
uma UTI ). Evite dirigir com suspeita de infarto, pois
arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando em risco
você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem
acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao
seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias.
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