O encorajador


* Seja um encorajador do Reino de Deus. Não seja mais um criticador nem desmotivador.*


E a liberdade será a canção do meu coração…

A liberdade possui dois braços: a consciência e a responsabilidade.

Como cristãos somos desafiados a exercer nossa liberdade em favor do outro por meio de ações de serviço.

Existe uma frase muito interessante: “Sou livre quando sou capaz de amar as pessoas sem nada exigir”. O amor que não busca seus próprios interesses é uma marca do cristão livre.

Para exemplificarmos essa classe de amor, que só pode ser exercido por um cristão livre, vamos estudar um homem que não é muito “famoso” mas que foi totalmente livre. Livre para amar sem esperar nada em troca. Livre para perdoar. Ele foi um encorajador.

Todo grupo precisa de um encorajador.Precisamos ser animados de vez em quando.O encorajamento muitas vezes é ignorado em seu valor porque ele acontece geralmente em particular e não em público. E geralmente necessitamos de mais estímulo quando nos sentimos sós. Nesse tempo onde o individualismo e o pragmatismo são marcas de comportamento de uma geração, sobram vagas e faltam obreiros para desenvolverem a função de encorajadores.

Mas o que é ser um encorajador? É ser um alentador, um estimulador, um animador, alguém que aviva, incita o melhor do outro. Alguém que é livre em Deus para exercer o amor que não busca seus próprios interesses. Livre para servir. Então vamos lá abra sua Bíblia comigo e vamos aprender a liberdade do serviço. A liberdade exercida por um encorajador.

Ele foi uma das pessoas mais influentes no início do cristianismo. Ele era um levita rico natural da ilha de Chipre. Seu nome era José que significa (Deus aumenta, Deus acrescenta) e ele recebeu o sobrenome ou apelido por parte dos cristãos de Jerusalém de Barnabé que significa aquele que dá coragem ou encorajador ou ainda filho da consolação.

A contribuição desse homem foi decisiva para o crescimento da igreja primitiva. É interessante como Deus faz as coisas. Ele usa pessoas que nós nem imaginamos para fazer coisas que são essenciais para o seu reino. Deus é especialista em usar aqueles que “não são”. Ele realmente é Soberano e sabe o que faz.

Paulo é um nome muito conhecido pelos cristãos. E é justo que assim seja, ele escreveu quase dois terços do Novo Testamento. O que seria das igrejas sem as orientações tão maravilhosas dadas por Paulo através de suas epístolas não é mesmo? E ainda o que dizer da Reforma que aconteceu depois de Martinho Lutero ter lido o livro de Romanos que é um tratado maravilhoso escrito por Paulo. Nossa esse homem realmente foi importante. Ele evangelizou os gentios.

E o que dizer então de João Marcos. O homem que Deus usou para escrever o primeiro evangelho. Os outros evangelistas consultaram os escritos de Marcos e “beberam” dessa fonte para escrever seus livros.

Mas o que tudo isso tem a ver com Barnabé? Quem foi esse cara afinal?

Ele foi o primeiro homem a vender suas propriedades para ajudar os cristãos em Jerusalém.

Confira comigo na sua Bíblia – Atos 4:36 a 37.

Nossa, esse cara deve ser mesmo interessante, não é mesmo? Ele se destacou primeiramente pela sua generosidade. Mas olha, ele não parou por aí não. Ele fez mais.

Ele foi o instrumento de Deus para conduzir Paulo até os cristãos em Jerusalém. Imagina a coragem desse homem. Só pode encorajar quem tem coragem não é mesmo? E isso ele demonstrou ter de sobra. Todos estavam com medo de Paulo. Ele era um homem muito influente que perseguia os cristãos e os conduzia a morte. Mas Barnabé não teve medo. Ele ouviu rumores sobre a conversão de Paulo e foi lá conferir. Imagine a ousadia desse sujeito.

Ele realmente dependia de Deus. Confira comigo em sua Bíblia – Atos 9:26 e 27. e Atos 11:24 a 26

At 9:26 Tendo chegado a Jerusalém, procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo.

27) Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus.

At 11:24 Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.
25) E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo;

26) tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.

Agora você pode imaginar o que teria sido de Paulo caso Barnabé não houvesse disposto sua vida, arriscado sua segurança para aproximar-se de Paulo e depois fazer essa “ponte” entre Paulo e os outros cristãos?

Você pode imaginar a igreja sem Paulo? Então não podemos imaginar a igreja sem Barnabé não é mesmo?

Ele era um homem de ação. Ele levou socorro financeiro aos irmãos que estavam passando por necessidades na Judéia. Era considerado um profeta e doutor (veja Atos 13:1), mas era um servo.

Ele também encorajou Marcos, um jovem rapaz, a viajar com ele e com Paulo para Antioquia.

Atos 12:25 Barnabé e Saulo, cumprida a sua missão, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, apelidado Marcos.

João Marcos era seu primo. Ele foi o primeiro a viajar com Paulo formando um grupo missionário.

Ele tinha uma outra característica muito linda. Ele estava disposto a aprender. No inicio ele como todo judeu era um tanto quanto indiferente aos gentios mas ampliou sua visão, viajou com Paulo. Ele não estava fechado em si mesmo. Ele acreditou no chamado de Paulo e foi com ele. Que coisa linda não é mesmo? Ele não era reducionista. Ele não era ensimesmado

Ele estava pronto a servir a visão do outro. Ele caminhava a segunda milha.

Ele era amado e respeitado pelos anciãos e apóstolos da igreja. Leia comigo
Atos 15:25. Pareceu-nos bem, chegado a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26) homens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
E quando ele e Paulo tiveram uma discussão a respeito de continuar ou não com João Marcos. Ele optou por permanecer com João Marcos. Vamos conferir em Atos 15:36 a 39. (leia na sua Bíblia)

Isso duplicou o esforço missionário. Posteriormente João Marcos,que gastou um tempo com Pedro, escreveu o evangelho que leva seu nome. Será que ele teria ido tão longe sem o encorajamento de Barnabé? Será que ele teria superado o sentimento de fracasso diante da rejeição de Paulo sem Barnabé?

Com certeza esse episódio não feriu o relacionamento entre Paulo e Barnabé. Porque vemos Paulo citando várias vezes a Barnabé. E em Col 4:10 vemos que Marcos estava com Paulo. Ou seja, o episódio ocorrido lá no começo do ministério não impediu o relacionamento entre eles. Agora, já por volta do ano 60 Paulo e Marcos estavam juntos outra vez. Que importante é a presença e a sensatez de um encorajador para vencermos os obstáculos naturais que ocorrem no processo ministerial.

Agora não se esqueça. Você precisa encorajar e precisa de um encorajador ao seu lado. Vamos orar para que Deus levante mais “Barnabés”. Pessoas que realmente aumentam. Pessoas que encorajam, pessoas livres que servem por amor.

Paz para seu coração
Cleo Russo
cleonicerusso@gmail.com
ministeriotrio@gmail.com

FONTE: http://ciamudanca.wordpress.com/2009/12/31/o-encorajador/

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