Trechos do livro “O Poder da Língua”, de Gary Haynes - PARTE 1

“Quero compartilhar com você um poder que descobri, tão incrível que exerce domínio sobre tudo que fazemos e somos, tanto no campo natural quanto também no espiritual. E o que é mais fascinante: esse poder está em nossas mãos, apto a ser controlado pela forma como agimos. Descobri esse poder num pequeno versículo bíblico, no livro de Provérbios.

Quando era criança, lembro-me que falavam que palavras não tinham poder sobre a minha vida. Cresci acreditando nessa falácia! Mas um dia eu vi, com novos olhos, nesse versículo tão curtinho, a influência fenomenal que a língua tem!”

“Provérbios 25.15 diz: "A língua branda quebra até ossos" (NVI). Uma das definições da palavra branda no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa é "de pouca intensidade". Esse versículo está dizendo que mesmo uma palavra fraca tem poder até para quebrar ossos! E uma palavra forte, então? Qual é o limite do seu poder? Devemos levar muito mais a sério tudo que sai das nossas bocas. Até o Senhor Jesus, no seu ministério aqui na Terra, tinha essa cautela.”

“Quando Jesus disse "Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16.19), não estava tratando apenas de coisas positivas, que trazem vida. Com certeza é o desejo do nosso Pai Celestial que usemos as nossas palavras para ligar no céu acontecimentos abençoadores. Mas o fato é que esse poder, quando usado de forma errada, pode ligar no céu morte sobre nós mesmos.

Não libere palavras de morte, nem brincando, sobre si mesmo ou outras pessoas ao seu redor. Senão, o que você fala pode acontecer, para sua própria angústia. Seja uma fonte de bênção com suas palavras e jamais de maldição. Use o poder contido na sua língua para trazer vida e nunca a morte.”

“Tomar o nome do Senhor em vão significa exatamente o que parece: usar o nome do Senhor desnecessariamente, gratuitamente, sem razão. E é o que o cristão mais faz na atualidade! Usamos constantemente o santo nome do Senhor nosso Deus em vão. O que sai das nossas bocas sem parar? Exclamações como as seguintes:

- Nosso Deus, eu não acredito no que o governo fez!

- Pelo amor de Deus, pára de gritar, meu filho!

- Nosso Deus do céu, eu não pago esse valor de jeito nenhum!

- Jesus Cristo, mas hoje está muito quente mesmo, né?

- Meu Deus, isso doeu demais!

Nós estamos usando o nome de Deus na nossa conversa diária como expletivo, ou seja, para puro realce, algo para completar. E isso é usar o nome do Senhor em vão. Outras vezes, até parece que estamos substituindo palavrões pelo nome do Senhor! Ao invés de soltar uma imprecação falamos o nome de Deus, como se fosse melhor. Isso entristece profundamente o Espírito Santo em nós.”

“O nome do nosso Deus jamais deve sair das nossas bocas de uma forma à-toa ou supérflua. Quando é, então, que devemos falar com as nossas bocas o nome de Deus? Apenas quando estamos falando com Ele ou a respeito dele. São absolutamente as únicas duas instâncias em que o nome de Deus deve ser falado por nós.

As formas principais que devemos falar com Deus são:

• Oração

• Súplicas

• Ações de graças

• Intercessão

• Petições

• Louvor

• Adoração

As formas principais pelas quais devemos falar a respeito de Deus são:

• Evangelismo

• Ensino da Palavra

• Dons espirituais

• Pregação

• Compartilhando suas bênçãos

Somente quando voltamos a respeitar o nome do Senhor, deixando de usá-lo em vão, é que podemos ter a unção para invocar o seu nome com efeito. Deus quer que invoquemos o seu nome para que realize curas, milagres e libertações. Quando honramos o nome do Senhor com as nossas bocas, deixando de usá-lo em vão, estamos resguardando o poder do Nome para o momento em que precisarmos.”

“Uma senhora de idade estava voltando da igreja para sua casa, quando foi confrontada por um assassino que tinha acabado de matar três pessoas. Quando ele ia atacá-la clamou o nome do Senhor, dizendo: "Afaste de mim, em nome de Jesus!" Naquele instante o assassino balançou a cabeça, pasmado, e sem agredi-la, voltou-se e correu em direção oposta a dela. A senhora deu graças a Deus e foi a delegacia de polícia para prestar depoimento sobre o ocorrido.

Algumas horas depois o assassino foi capturado. Ao ser indagado pela polícia sobre a razão pela qual deixou a senhora ilesa, após ter assassinado três outras pessoas inocentes, ele disse: "Como podia atacá-la, se apareceram aqueles dois homens enormes em cada lado dela?" Naquele instante de morte real e iminente, quando a sua serva - que sempre mantinha uma reverência imensa ao nome do Senhor - invocou-o, Deus respondeu mandando dois dos seus anjos para salvá-la.

Toda vez que usamos o nome do Senhor para rechear sem necessidade nossa conversa, estamos cometendo o ato de usar o nome do Senhor em vão e entristecendo a presença do Espírito que habita em nós. Para que isso não aconteça precisamos reconhecer o nosso erro e pedir perdão. A Palavra diz que não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo, que vivem de acordo com o Espírito. Então, não se sinta condenado por ter falado o nome do Senhor em vão, mas comece a partir de hoje a mudar, a viver no Espírito com o uso da sua língua.

Se você tem pronunciado o nome do Senhor em vão e roubado de si mesmo o poder do Senhor, reconheça isso agora mesmo, peça perdão e a ajuda do Espírito Santo para que não faça mais. Ele ouvirá e, ao ganhar uma nova veneração ao seu Nome, você verá uma nova demonstração do poder e presença de Deus na sua vida.”

“Jesus nos mostrou o incrível poder investido em nossas palavras, quando falou: "Qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito" (Mc 11.23). Repare a ênfase: Aquele que disser, crer no que diz; será feito o que disser. Três vezes, num curto espaço de tempo, Jesus enfatizou o poder do que é dito.

É um princípio que muitos servos de Deus ainda não entenderam bem. Por não colocar em prática essa verdade, muitos desperdiçam grandes oportunidades para ver Deus fazendo milagres nas suas vidas. Não aproveitamos de um canal de bênçãos simplesmente por não sabermos usar as nossas palavras da forma correta. Na sua língua está a chave de vitória ou derrota, vida ou morte, dependendo da maneira que você for usá-la.”

“O servo de Deus jamais deve ser ligado a bens materiais. Dinheiro não traz felicidade e nunca deve ser um alvo em nossas vidas. Se começamos a focar no dinheiro, ele acabará sendo uma pedra de tropeço no nosso caminho. O apóstolo Paulo é categórico em criticar essa busca. Ele disse que "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos" (1 Timóteo 6.9, 10 - NVI).

Paulo realmente foi enfático nesses versículos, mostrando que a riqueza não deve ser um fator motivador, uma meta para nós, pois a cobiça devasta todos que a alimentam. Porém, preste bastante atenção: é o amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males, não o dinheiro em si. Ele é meramente uma ferramenta e não destrói as vidas. O que provoca a ruína é o desejo desordenado por ele e o seu mal uso. Isso sim traz desolação.

Por mais que os servos de Deus nunca devam almejar o dinheiro, o fato é que vivemos num mundo onde precisamos dele diariamente, inclusive para financiar os nossos projetos de serviço ao Senhor. Tendo as prioridades certas, não é errado orar para que Deus supra as suas necessidades, como está escrito em Filipenses 4.19: "O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus" (NVI).

Mas para que veja Deus tornando próspera a sua vida financeira, você precisa estar praticando alguns princípios bíblicos. Um desses preceitos é: Você tem que ser uma pessoa generosa, compartilhando seus bens através de dízimos e ofertas para a obra do Senhor, como está escrito em Pv 11.25: "O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá" (NVI).

Veja que esse princípio de contribuir com dízimos e ofertas não era apenas um preceito do Velho Testamento, pois Paulo, ao comentar sobre a disposição que os Coríntios tinham em ofertar com liberalidade, disse: "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião" (2 Co 9.6, 11-NVI).

Você pode observar, nessa passagem, que ter as nossas necessidades supridas e prosperidade na área financeira é um princípio bíblico. Porém, ele funciona somente quando a nossa motivação é de abençoar e compartilhar com a obra de Deus, e nunca quando o nosso alvo é apenas alimentar a nossa ganância pessoal.”

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