Quem não gosta de saber que foi lembrando, não é verdade?
Uma
visita, ligação, mensagem no whatsapp, no direct das redes sociais, uma
cartinha, ou outra forma que demonstre carinho, são sempre muito importantes.
Mas
muitas vezes queremos RECEBER, RECEBER E RECEBER e ignoramos totalmente a
importância de nos doarmos às outras pessoas.
O
apóstolo Paulo fala muitas vezes sobre a importância da comunicação, não apenas
compartilhando o que tem feito em suas viagens missionárias, como também pedia cobertura
de oração enquanto ele também orava por eles, além de encorajá-los. Naquela
época a comunicação não presencial só poderia ser feita por cartas.
Até
pouco tempo nos comunicávamos por cartas e hoje usamos mais as redes sociais,
mas um texto de encorajamento, longo ou curtinho, ainda é muito bem-recebido
mesmo que não enviado pelos Correios.
E
quando possível realizar visitas, com ou sem uma carta ou bilhete, que seja
sempre com a presença de Deus e propósito bem estabelecido.
Em
Romanos 15:29 Paulo fala sobre a bênção de Deus estar presente em cada visita.
Em
2 Coríntios 1, Paulo fala sobre planejar as visitas, e sobre comprometimento
com o que for combinado. Dessa forma entendemos que as visitas devem ter um
propósito, um objetivo bem estabelecido.
Romanos
15.32 fala a respeito de um refrigério para quem é visitado e para quem visita
também, já que dar é melhor dar do que receber ( Atos 20.35 ).
Em
2 Coríntios 12.18, temos uma recomendação de Paulo, para que Tito realizasse as
visitas acompanhado de outro irmão.
Não
ir sozinha é muito importante, quando se trata de visita a uma pessoa não
íntima. Se a pessoa a ser visitada for solteira, viúva ou divorciada, podem ir 2
ou 3 mulheres independente do estado civil, se for homem, deve ser visitado por
um ou mais homens, e caso se trate de um casal, recomenda-se que ela seja feita
por um casal. Não é interessante ir um grupo grande em uma visita.
Atos
15.36 nos mostra a importância do acompanhamento após a visita, sempre que
necessário. Iniciar a visita com um propósito e acompanhar da mesma forma. Esse
acompanhamento pode ser através de um discipulado individual e/ou em uma
célula, atendimento de necessidades diversas, etc.
Efésios
6.21 nos diz: “Tíquico, o irmão amado e fiel servo do Senhor, lhes informará
tudo, para que vocês também saibam qual é a minha situação e o que estou
fazendo. Enviei-o a vocês por essa mesma razão, para que saibam como estamos e
para que ele os encoraje.”
Dessa
forma, vemos uma visita onde há uma troca com encorajamento. Não precisamos
falar coisas pessoais para demonstrar confiança, mas podemos usar algumas
experiências, se coerentes com o motivo da visita, desde que não sejam apenas situações
vividas, mas com um direcionamento que contenha respaldo bíblico e essa pessoa
perceba que Deus também pode direcioná-la em cada necessidade, mesmo não
vivendo as mesmas experiências.
Atos
4 temos o perfil de Barnabé, um jovem levita, que não usava sua vida como
instrumento de Deus apenas através do canto, mas também de uma vida rendida ao
Senhor, desapego de coisas materiais e era um evidente encorajador.
Também
podemos aprender com o texto de Atos 16:40, que o cuidador também precisa ser
cuidado. Paulo várias vezes levou as boas-novas e alegrou o coração de muitos,
mas ele também precisou ser encorajado em vários momentos. Diz o texto: “Depois
de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram
com os irmãos e os encorajaram. E então partiram.” Assim podemos entender que
os líderes também precisam receber apoio, mensagens e visitas se for o caso,
pois muitos se sentem sobrecarregados no ato de se doarem.
Provérbio
25.17 nos diz sobre termos cuidado com o excesso de visitas, e isso nos ensina
que devemos ter equilíbrio, até mesmo no contato com as pessoas, de forma que não
enjoem de nós e percamos o crédito.
Quando
realizamos uma visita, seja qual for o motivo/propósito, estamos demonstrando
que aquela pessoa é importante. Visite as pessoas que você conhece e que estão
desanimadas na fé, ou enfermas, trabalhando demais e indo pouco para a igreja,
ou que até estejam presentes na igreja com frequência, mas estão precisando de
um apoio fora das quatro paredes do templo.
Se
você é um líder na sua igreja, valorize a importância da sua aproximação com as
pessoas novas, com as que estão desanimadas, e com outras questões que precisem
de um acolhimento mais de perto.
Se
você não é líder mas se interessa por essa forma de desenvolvimento no Reino,
se disponibilize para isso!
Pense
mais sobre este assunto e ore para que o Senhor te conceda as estratégias e as
parceiras adequadas a cada visita.
Algumas
recomendações:
·
Orar e pedir as estratégias necessárias para a
pessoa necessitada de apoio e encorajamento;
·
Convidar quem fará a visita junto;
·
Combine previamente o cronograma com quem realizará
a visita: quem iniciará com a apresentação, louvor ( sempre fácil ), quem dará
a palavra ( breve ), orará, etc;
·
Realize contato com a pessoa buscando uma
abertura para a visita, para saber se ela realmente deseja ser visitada. É
imprescindível não forçar, e realizar a visita apenas se a pessoa tiver
interesse;
·
Caso aceite, pergunte o melhor dia e horário e
agendar conforme a disponibilidade das pessoas que realizarão a visita;
· Diga que ela não precisa se preocupar com
lanche ou algo do tipo. Isso evita constrangimentos com pessoas que não possam
fazer isso e achem que isso é muito importante;
·
Procure saber se a pessoa tem alguma orientação
especial durante a visita;
·
Evitar horários muito cedo, tarde e no horário
das refeições da família;
·
Cuidado com as vestes. Não é necessário realizar
a visita formalmente mas é importante evitar decotes, roupas curtas e justas
por exemplo. Lembre-se que vocês serão um cartão de visitas. Pode haver homens
naquela casa e o objetivo é pregar a Palavra, promover acolhimento e
encorajamento.
·
JAMAIS se atrasem. Lembrem-se que a visita
ficara marcada como positiva ou não para as pessoas daquela casa, iniciando
pelo comprometimento com o horário. Além de ser feio o atraso, pode atrapalhar
a rotina da casa que muitas vezes altera algo para receber o grupo de visita;
· Não prometam nada! Caso seja solicitado algo que não dependa de quem está realizando a visita, tenha esse cuidado! Se necessário, responda que será verificado com os líderes a respeito do que foi solicitado e então depois dê um retorno. Isso se relaciona a cesta básica, vaquinha solidária para ajuda emergencial, dentre outros;
·
Se necessário aconselhamento, oriente conversar
com um dos pastores após o culto da manhã por exemplo. Caso a pessoa não os
conheça ou fique sem jeito de se aproximar deles, se disponibilize para apresenta-los;
·
Não demorem na visita. Sejam objetivas com o
cronograma, realizando um roteiro enxuto, lembrando sempre que na casa da
pessoa que agendou a visita podem ter pessoas não cristãs e não interessadas no
que será desenvolvido;
·
Estejam sempre atentas ao contexto da casa a
ser visitada;
·
Sejam receptivas e acolham a todos de casa,
sejam eles cristãos ou não, apenas convidando, sem exigir a se aproximarem caso
desejem dar uma palavra;
·
Apresente-se informando o nome a igreja que congrega,
caso as outras pessoas da casa se aproximem e ainda não as conheçam;
·
Pergunte se alguém da casa possui algum pedido
de oração e então orem pelos pedidos;
·
Se despeçam, coloquem-se à disposição para caso
desejem fazer contato, visitar a igreja ou que realizem nova visita.
E nunca se esqueçam que a sabedoria e a prudência andam
juntos em cada visita.
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