“O
missionário deve ser recebido com amor. Geralmente chega cansado do campo, e
com muitas dores a ser tratadas. Não precisa de um acolhimento de herói, mas de
um ser humano querido. Que a liderança da igreja e da missão dê assistência
pastoral ao missionário, ouvindo-o, sabendo como ele está como pessoa, quais
são suas lutas e dores, em que área ele precisa de ajuda.”
(Depoimento de um missionário brasileiro)
Fui despertada para a grande necessidade de
prestar cuidados ao missionário durante meus dez anos de serviço como
missionária...
Como missionários, passamos ali por vários tipos de sofrimento: malária,
momentos de extrema violência, restrições religiosas e o confronto diário com a
miséria do povo. Pesou muito a falta de um preparo mais específico e a falta de
um apoio adequado para perseverar. Não devemos impor às novas gerações de
missionários, em contextos também difíceis, a mesma falta de apoio. Alguns
obtêm crescimento nessas situações, mas outros voltam feridos...
Viver num
contexto transcultural exerce grandes pressões emocionais e espirituais. No
princípio, a pessoa se sente desorientada e, muitas vezes, solitária. Quando
volta à terra natal, se sente novamente um estrangeiro; muitos atravessam um
período de depressão nessa fase. Precisam de cuidado pastoral e psicológico, e
de momentos de restauração...
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