Entrevista cedida para o
portal Minha Vida
Dizer
“não” é importante para a saúde mental e emocional
Aprender a falar não pode ser importante para o equilíbrio
emocional. As pessoas que “engolem tudo” e não colocam limites às solicitações
externas podem estar alimentando sua própria baixo auto estima, pois demonstram
que não conseguem valorizar suas necessidades e prioridades.
As pessoas as nosso redor podem não saber qual seria nosso
limite e cabe a cada um de nós informar ao outro quando este limite chegou.
Desgaste
que essa simples palavra pode trazer aos relacionamentos
As pessoas que não sabem dizer “não” podem sofrer caladas ou
explodem em horas improprias. Ao sofrer calada há uma possibilidade maior de
criar internamente um rancor contra as pessoas que a rodeia, e como este rancor
não é expresso não há oportunidade de que estas pessoas mudem seu comportamento
para algo que seja mais agradável para ela.
Quando a resposta é de explosão dificilmente a outra pessoa
entende o porque disso, pois não foi informada pouco a pouco de que seu comportamento
não estava sendo aceitável.
DIzer
“não” x sentimento de rejeição
Esta relação é muito grande. Na maioria das vezes a dificuldade
em dizer “não” aos outros se deve justamente ao medo de ser rejeitado. Algumas
pessoas mais sensíveis simplesmente não suportam a possibilidade de alguém não
a aprovar, e com isso faz tudo o que o outro quer dando a falsa impressão de
que está tudo bem. Esta falsa harmonia tem prazo curto e em breve há ou uma
explosão ou uma retirada definitiva da presença desta pessoa contrariada que
não sabe dizer “não”.
Algumas
pessoas tem mais dificuldade do que outras em dizer “não”
A necessidade de ser aprovado pelo outro é quase parte da
natureza humana. Desde os tempos primitivos esta necessidade vem se
consolidando com a percepção de que sobreviverá aquele que conseguem viver em
grupo.
Alguns são ensinados desde o berço a obedecer aos adultos
e nisso implica em não falar “não”. Mas mesmo os bebes insistem em usar o
“não”, ainda bem, pois este é um treino muito bem vindo. Aquelas pessoas que
são mais oprimidas em sua infância provavelmente terão mais dificuldade em
falar “não” quando adultas.
Querer
sempre agradar aos outros
A necessidade em agradar sempre aos outros pode dificultar muito
a capacidade de dizer "não" na hora certa e da forma correta. A
dificuldade em saber se impor e valorizar suas próprias necessidades pode
impedir que a pessoa bloqueie os pedidos e colocações inconvenientes de
algumas pessoas. Esta dificuldade denota uma grande insegurança que deve ser
superada a fim de que se viva uma vida mais leve e harmoniosa.
Achar
que o problema dos outros é mais importante ou maior do que o próprio
A baixa auto estima costuma desmerecer suas necessidades e
considerar que o problema do outro e sempre mais importante.
Medo
de perder uma oportunidade X considerar que qualquer oportunidade pode ser
válida
Estas duas características podem tem origens bem diferentes. A
pessoa com medo de perder oportunidade pode ter vivido situações em sua vida
onde foi traumático o fato dela não ter reagido. E uma pessoa que considera que
qualquer oportunidade é algo válido pode ter sido alguém que simplesmente não
aprendeu a colocar limites na própria vida.
Alguns
não usam a palavra “não” por serem muito prestativas e sempre querem ajudar
A pessoa que não fala “não” pelo prazer de ser prestativa pode
também ser um viciado – o que não é reconhecido pelos outros pois seus atos são
percebidos como algo “do bem”, mas este exagero em ajudar a todos sem se
importar com seu próprio bem estar pode sim ser reflexo do vicio pela
adrenalina desfrutada a cada ato prestativo.
Medo
de conflito
O medo do conflito pode ter a ver com sensação de incapacidade
em lidar e ele. Esta pessoa pode aprender que tem muito mais força do que
acredita e perceber que o outro nem sempre é tão invencível como ela imagina.
Medo
que o outro se sinta rejeitado
Muitas vezes o medo que o outro se sinta rejeitado tem a ver com
a própria incapacidade em lidar com rejeições. Quando percebemos que rejeição
não mata e podemos passar por cima dela quando temos consciência do que estamos
fazendo ficamos mais fortes em lidar com o sentimento de rejeição do outro.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia
ou psicoterapia oferecida por um psicólogo
Psicóloga Marisa de Abreu - CRP 06/29493-5
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